Astério Pinto Filho visitou todas as igrejas para montar calendário
MAUREN RIBEIRO
HOLAMBRA
Vereadores da oposição em Holambra apresentaram um substitutivo ao projeto que cria o calendário religioso da cidade e deixaram igrejas evangélicas de fora. A emenda substitui o projeto de lei apresentado pelo presidente da Casa, Astério Pinto Filho (DEM), que também incluía atividades de todas as igrejas representadas em Holambra.
Astério disse que levou meses para visitar todas as igrejas da cidade para incluir no calendário as atividades de cada uma. “Quando se pensa em criar um calendário religioso para a cidade, deve-se considerar que o projeto tem que beneficiar todos os moradores que possuem religiões distintas. Eu criei um projeto completo, com atividades de todas as igrejas, mas a oposição resolveu apresentar um substitutivo para que o calendário não fosse criado com meu nome e excluíram as igrejas evangélicas”, explica o presidente da Câmara, que é evangélico.
Para ele os vereadores de oposição querem travar uma queda de braço dentro da Casa de Leis. “Eles querem provar que podem mais e ficam querendo “lutar” com o poder, e quem mais tem a perder nessa discórdia é a população holambrense”, acrescenta Astério.
O vereador da oposição José Marcos de Souza, o Tatu (DEM), disse que o projeto não inclui atividades das igrejas evangélicas porque essas só incluiriam as festas de aniversário. “Nossa intenção não é excluir ninguém do calendário, tanto que mantivemos a Marcha para Jesus, um evento promovido pelas igrejas evangélicas”, ressalta Tatu. A relatora do substitutivo, Naiara Regitano Hendrikx (PTB), não foi localizada pela reportagem para falar sobre o caso.
Para Romeu Rodrigues Junior, presidente do Copol (Conselho de Pastores de Holambra), o calendário religioso deveria ser redigido por líderes religiosos e não pelos vereadores. “Quem deveria pontuar o que é ou não importante para o calendário, são os pastores, os padres, os pais de santos e não os vereadores. Isso seria uma atitude democrática e não o que estão fazendo”. O pastor da Assembleia de Deus, Ministério Belém, Roberto Cardoso diz que os vereadores tiraram deles o direto à igualdade. “Se vivemos numa comunidade democrática, creio que os direitos tenham que ser iguais a todos. De qualquer forma, independente de estar ou não no calendário, nós continuaremos realizando nossas atividades”, rebate o pastor. O substitutivo deverá ser votado na sessão no dia 3 de julho.
Fonte: Jornal Tododia - Dia 20/06/2010
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